
Há de facto aqueles leitões que não o sendo nunca chegam a ser tão porcos, quanto alguns aspirantes a lobos que actuam em alcateia. A mordedura é colectiva e desprovida de coragem para levar um murro no focinho, um a um. As palavras têm a força que desejarmos imprimir à nossa profundidade de espírito. O verdadeiro lobo, aspirante eterno a porco, actua sozinho, sem morder nas costas do “amigo”, e mesmo com o peito aberto a sangrar de injustiças e ataduras propositadas, segue o seu trilho sem olhar à escumalha que o cospe, mas não o humilha. Na verdade, os verdadeiros porcos são humilháveis por tamanhas pequenezas, ao passo que os lobos olham de frente e, se não tiverem fome, não atacam, ignoram pura e simplesmente, e arrepiam caminho rumo à sua realização plena.