23 agosto 2006

Longe do Céu

Numa das minhas recentes incursões por terras bávaras percebi melhor o significado das palavras: longe do céu. De facto, estar longe do céu, implica na maior parte das vezes, expormo-nos a provações, tais como, palmilhar caminhos desconhecidos, gerar novas amizades, ouvir línguas estranhas e aprender a respeitar culturas e sentires diferentes. No regresso a mudança é fundamental, porque conhecemos outra parte de nós próprios, por vezes adormecida, ou somente, assediada por desilusões pontuais. Longe do céu, mas próximo dos que, verdadeiramente, nos amam e, sobretudo, nos respeitam como pessoas que somos. Nunca irei esquecer a expressão das lágrimas contidas nos olhos do meu “mouro” amigo, ao conhecer o meu filho João Martim. Era Amor sincero e desinteressado, longe do céu, mas no seio da nossa Amizade, construída por gestos irreparáveis e por desculpas mudas que se tornam desnecessárias quando a Amizade perdura, mesmo longe do Céu.

20 agosto 2006

Coisas Simples...

Podia ter sido tudo tão diferente… bastavam para isso… coisas simples… o Sentir… o aroma de um beijo… a força de um abraço… a tristeza… a alegria… de um olhar… a força das expressões… o prazer das nossas conversas… durante mais uma noite… que passava… sem darmos conta… que se tornava cada vez mais curta… cada vez mais… uma necessidade… a vontade de passear… de mãos dadas… perseguidos pela lua… testemunha… e confidente… das nossas revelações… do nosso primeiro beijo… Agora… protegidos… de todas essas coisas simples… recordo o meu pai… a conversa começava sempre do mesmo modo… dizia serenamente… com o seu cigarro tranquilizante entre os dedos… já marcados pelo vicio… filho… não temas nunca o fim… um final… é quase sempre um prenuncio… de um principio… pode ser tudo tão diferente… bastam para isso… coisas simples…

13 agosto 2006

Para o Martim...

Tenho Paz... sem poder dizer que sou Feliz... mas conheço bem, um dos muitos trilhos para a Felicidade.