19 fevereiro 2006

“Para tão longo amor, tão curta a vida…”

Refugiei-me tantas vezes nesta folha branca, da era digital, onde escrevi em tons de desabafo, entornando os meus medos, os meus sentimentos, criando dedicatórias e historias, algumas verdadeiras, outras ilusórias…
Na escrita, pelo prazer que me devolve, uso a criação, tentando que distorça a verdade, aludindo as minhas histórias… histórias que poderiam ser de outro Ser qualquer…
No Ditos & Contos, conheci um outro lado da condição do Ser, do Estar, manifestações expressas de ternura, de gente que nunca vi, com quem nunca falei, gente a quem nunca ofereci rigorosamente nada, nem nunca prestei ajuda nem atenção… esta gente existe… alguma gente desta “estacionou” no Ditos & Contos…
Pensei muitas vezes, escrever palavras de agradecimento, carinho, afecto, para todos aqueles que aqui pararam e para todos aqueles que me faziam (mesmo sem saber), correr para o e-mail à procura de mais uma mensagem…
Aqui estou eu… a escrever… anunciando uma despedida, não da escrita, porque não seria capaz de abandonar este prazer, mas… de todos aqueles que, mesmo sem me conhecerem, me incentivavam com as suas visitas…
“Para tão longo amor, tão curta a vida…”, numa alusão ao amor, à vida, aos instantes que cada um de nós deixa passar… Imagino que fosse esta a manifestação, a verdadeira intenção de Fernando Pessoa, no momento deste registo…

2 comentários:

Maria Carvalho disse...

Não gosto de despedidas. Não, não gosto mesmo nada. Beijos.

Anónimo disse...

:( beijos