05 outubro 2008

Passado... (o tempo)

Cedo ao tempo… um tempo ultrapassado… E lá atrás… longe… na terra do acontecimento… (re)encontro o ultimo instante… onde o tempo correu e parou… onde o frio… não foi o suficiente para arrepiar, o calor que transportávamos na alma… O silêncio regressou… preenche o vazio. Agora… longe desse tempo… estou Só… na imensa companhia da solidão… liberto a ultima lágrima… no mar da Saudade… (re)começo a sentir… ao longe… o som do piano… naquela noite fria… naquela rua deserta… onde habitámos… a Vida… dos nossos sonhos… que afinal o tempo nunca viveu… projectou somente… sob a luz da lua… um olhar… sobre a imagem da felicidade…

16 comentários:

Jasmim disse...

Di-Vi-NAL!!!

Parabéns, como sempre Fabuloso texto!

Beijinho

Anónimo disse...

(re)começo a sentir... a Vida… dos nossos sonhos…
Mto bonito!Um beijo

Anónimo disse...

Liberto de vez em quando uma ou outra lágrima… no mar da Saudade…

Sem mais comentários... solicito apenas... não deixes de escrever.

Um bj
S.B.

Lmatta disse...

belo texto
beijos
PS voltei

Ailime disse...

Lindo (e triste)o seu texto onde a saudade trespassa o seu coração.
Resta-lhe o vazio da solidão.
Deus nunca nos deixa sós. Nos momentos em que não damos por Ele, agarra em nós e pega-nos ao colo.
Acredite que Ele está sempre a protegê-lo.
Um beijinho e votos de que a felicidade chegue rapidamente.
Bom domingo.

O Fantasma e o Anjo disse...

Bonito...beijo e abraço

Anónimo disse...

Cedo ao tempo… um tempo ultrapassado…que afinal o tempo nunca viveu...
Beijo grande

Desambientado disse...

Caro Helder.
Apesar do blog estar um pouco parado, certamente passará por aqui de vez em quando.

Neste Natal...

Por obséquio,
Faça um presépio,
Tenha um Natal,
De amor fraternal.
Mantenha os petizes,
Cobertos de amor,
Protegidos, felizes,
Sem eleição de cor.

Nesse seu presépio,
Deite o seu menino
No aurículo ou ventrículo
Do seu coração.
Um Natal a sério,
Também é um hino,
Ou um bom estímulo,
À fraternal comunhão.

Votos de que neste Natal o egocentrismo entre em crise e que haja uma pandemia de saúde.

Anónimo disse...

Helder,

Bom Natal e Um Ano Novo Próspero em Realizações !!!

Abraços

Hanah

Anónimo disse...

Mais uma vez li o teu blog, é lindo! :)
Tenho saudades tuas D.G.
Beijo...

Anónimo disse...

"Vive o Dia de Hoje!

Não penses para amanhã. Não lembres o que foi de ontem. A memória teve o seu tempo quando foi tempo de alguma coisa durar. Mas tudo hoje é tão efémero. Mesmo o que se pensa para amanhã é para já ter sido, que é o que desejamos que seja logo que for. É o tempo de Deus que não tem futuro nem passado. Foi o que dele nós escolhemos no sonho do nosso absoluto. Não penses para amanhã na urgência de seres agora. Mesmo logo à tarde é muito tarde. Tudo o que és em ti para seres, vê se o és neste instante. Porque antes e depois tudo é morte e insensatez. Não esperes, sê agora. Lê os jornais. O futuro é o embrulho que fizeres com eles ou o papel urgente da retrete quando não houver outro."

Virgílio Ferreira

beijo meu

Anónimo disse...

Á espera de mais um conto...Beijos

Ailime disse...

Este texto lindo e triste pelas emoções fortes que transmite faz-me lembrar este tempo reflexivo de Quaresma.
Tempo de renovação...
Desejo-lhe que O Senhor que de novo vem ao nosso encontro na Páscoa da Ressurreição mais uma vez para nos acolher no Seu enorme coração, o presenteei com uma alegria renovada e o ajude a suportar essa saudade infinita.
Um abraço.

Bre disse...

Cada Frase vem como uma pequena onde de sentimentos.
bonito texto.
Bre

entremares disse...

Com o maior dos cuidados, avançou, sorrateiro.
Um passo, depois outro, depois ainda outro.
Estranhamente, ela não fugiu, estremecendo simplesmente as asas quando sentiu o “clique” da fotografia.
O fotógrafo estava encantado. Uma “Papilio machaon”, bem ali à sua frente, a pouco mais de dois metros de distância, imóvel, com um enquadramento perfeito, um fundo de vegetação escura... e sem qualquer réstea de vento... a fotografia perfeita.
Avançou um pouco mais, disparando sucessivamente.
Fotografar borboletas – diriam uns – poderia ser uma ocupação excêntrica, um clichê banal da fotografia de natureza ( fotos bonitas, coloridas, vistosas... ) – mas nada disso o afectava. As borboletas, como aliás todos os insectos, eram seres extremamente fotogénicos, elegantes, de uma pose natural que dispensava treinos e ensaios – já haviam nascido modelos.
Aquela borboleta andorinha, como era habitualmente conhecida, com os seus dois chifres amarelados, parecia no entanto estranhamente à vontade, sem se importar com os estalidos incessantes da máquina fotográfica – quando muito, abanava suavemente as asas acastanhadas, sem sequer levantar voo.
Aproximou-se um pouco mais – não estaria a mais de dois palmos de distância.
A borboleta fechou as asas e quando as reabriu, ocupou por completo o visor da objectiva – imóvel, serena, brilhante.
Apeteceu-lhe – de a ver ali tão perto – tocar-lhe, sentir-lhe a suavidade das asas coloridas, a leveza do corpo elegante.
Resistiu à tentação.
Aprendera há muito a não invadir aquele mundo mágico que ficava do lado de lá da sua objectiva – o encanto existia para ser visto e apreciado, não para ser tocado ou possuido. Quando muito, a fotografia tornaria eterno aquele momento fugaz de contacto íntimo, em que o fotógrafo e o seu modelo se fundiam, ela a desvendar-se perante os seus olhos, ele a saciar-se com a sua beleza.
E foi então que, num daqueles raros momentos que as fotografias nunca conseguem captar, um pouco de magia aconteceu.
A borboleta soltou o ramo onde pousara e com um suave bater das asas, veio pousar sobre a máquina fotográfica.
As antenas douradas agitaram-se, as asas estremeceram e ali permaneceu, nuns poucos segundos com sabor a eternidade, ambos a contemplar-se, quem sabe – olhos nos olhos – tocando o mundo imaginário de um qualquer conto de fadas.
Finalmente, levantou voo e afastou-se graciosamente, rumo a outro punhado de flores.
O fotógrafo permaneceu, porém, ainda a apontar a objectiva para o local vazio onde já não existia nenhuma borboleta.
A fotografia que recordaria para sempre – aquela borboleta ali pousada, a poucos centímetros do seu rosto – não ficaria registada em nenhum outro local, senão nas suas próprias memórias.
Guardou cuidadosamente a máquina fotográfica no respectivo estojo.
A borboleta dourada esvoaçava ainda ali perto, em redor de outro canteiro de flores amarelas.
Olhou para ela... e sentiu, sem perceber como, que ela lhe estava a retribuir o olhar...

Anónimo disse...

helder,
simplesmente fantastico.
aproveito para te desejar feliz natal.
um beijo an